sábado, 3 de outubro de 2009



[foto Google]

É difícil de mentalizar-me que já foste embora, que já não vou poder sentir mais as tuas palavras, a invadirem-me, que já não és mais meu.
Vai ser difícil, acabar a noite, e deitar-me na cama e ver a luz da lua, sei poder agarrar na tua mão e dizer um “amo-te”, vai ser difícil, não ter a outra metade de mim, a outra metade que me completava, que fazia de mim a pessoa que era, a pessoa feliz, que sempre sonhei ser.
Hoje, perco-me no nevoeiro, porque já não estás lá, para me puxares para o caminho certo, o caminho para casa. Quero poder gritar que ainda te quero, mas as palavras ficam engasgadas na garganta, e por mais que me esforce não se soltam, e revelam ao mundo, que continuas a ser a pessoa que amo, por isso, caio na realidade, e apercebo-me que o que tenho a fazer, é pegar nas minhas coisas, e arranjar um novo caminho, sei que não vai ser fácil, mas todos nós temos uma vida a seguir, mas também temos um passado, que por vezes torna-se um passado recente de mais para o esquecer-mos.
Tentei esquecer, mas não consegui, talvez tenha que seguir em frente mesmo contigo ainda no meu presente, mas seguir, para que faças parte do meu passado, mesmo que seja um passado recente.